Chefe Zé
Os textos desta página foram escritos e cedidos pelo Chefe Adriano Coli Pelliccioni
G.E do Mar Velho Lobo |102/SP
Em 07 de junho de 1915, nasceu em Campinas José dos Santos Marques, carinhosamente conhecido por Zé Lamparina, ou simplesmente Chefe Zé.
De família pobre e com dificuldades financeiras, só pode iniciar sua trajetória no Escotismo em 1929 na Associação dos Escoteiros Católicos Nossa Senhora da Conceição, aonde o líder dos Escoteiros era o Chefe José Benedito de Campos Leite e o diretor da Associação era o bondoso Monsenhor João Loschi.
Em meados da década de 1930 juntamente com o saudoso Chefe Júlio Silva, para que os jovens que não fossem católicos pudessem participar do Movimento Escoteiro em Campinas, fundou o Grupo Escoteiro Ubirajara com sede na Vila Industrial e lá passavam aos seus escoteiros os ensinamentos de cidadania, patriotismo e ajuda ao próximo, tão importantes na formação da juventude.

Fundação do Grupo Escoteiro Mogiana
Em 1942, o Chefe Zé, já funcionário da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, foi convidado pela diretoria do Esporte Clube Mogiana a fundar o Grupo Escoteiro Mogiana que iria funcionar nas dependências do clube, no bairro Botafogo (Campo da Mogiana). Ele aceitou o convite e lá permaneceu por 30 anos, até que o ano de 1972, quando o clube foi desativado e consequentemente o Grupo Escoteiro também o foi.
Neste Grupo o Chefe Zé teve a oportunidade, durante várias gerações de escoteiros, de transformar meninos em homens de bem, formados e úteis à sociedade como: empresários, profissionais liberais, professores, militares, políticos e trabalhadores, todos honestos, patriotas e destemidos.

Chefe Zé, nos tempos da Mogiana
Chegada ao Grupo Escoteiro Craós
Com a desativação do Grupo Escoteiro Mogiana no ano de 1972 aceitou o convite da diretoria do Círculo Militar de Campinas para substituir o Chefe do Grupo Escoteiro Craós que havia falecido, Chefe Roberto Gambassi, e lá permaneceu até o seu falecimento, dando continuidade a sua carreira no Movimento Escoteiro visando sempre a formação dos nossos jovens, colocando-os no caminho do bem, do amor à Pátria, da ajuda ao próximo e nos caminhos de Deus, conforme a Promessa e Lei Escoteira.
No Grupo Escoteiro Craós desempenhou por muitos anos a função de Chefe de Grupo, função hoje extinta, e de Diretor Técnico e manteve-se na ativa até os últimos anos de vida, participando de todas as atividades do Grupo.

Chefe Zé, no GE Craós (195/SP)

Homenagem do MMDC, Campinas (SP)
Escoteiros na Revolução de 1932
Durante todo este tempo dedicado ao Escotismo, teve a oportunidade de participar de muitas ações filantrópicas, religiosas, cívicas e até guerreiras, participando inclusive da Revolução Constitucionalista de 1932.
Como escoteiro na Revolução, o Chefe Zé desempenhou diversas funções, tais como: estafeta, apoio logístico nos dispensários dos hospitais, na entrega de correspondências e até na perigosa função de guia das tropas que se deslocavam pela região de Campinas. Foi escolhido para essa tarefa pois conhecia bem esta região, fruto das suas atividades escoteiras.
Por suas ações foi reconhecido e condecorado pelo Governo do Estado de São Paulo.